quinta-feira, 19 de maio de 2016

(Texto) Faça você mesmo: Tutorial de pintura automotiva caseira com polimento básico e simples sem politriz.

Tutorial inicial de minha autoria antes de começar o canal rodrigogsi no Youtube: Meus primeiros aprendizados!

Extraído do fórum kadetteiros.com. Escrito em 2012, quando ainda não tinha politriz e estava aprendendo a parte de repintura básica. Não fiz edições de texto, portanto, favor desconsiderar qualquer problema relacionado à edições. Não refiz o texto, apenas copiei e colei do fórum aonde está postado.

Pré requisito: Paciência, limpeza, capricho e muito tempo. $$ Tb é claro, se não tiver os equipamentos ainda. 

Só o faça se realmente curtir...pois é trampo...é risco tb..hehehe.
Não tenho nenhuma pretensão de tirar serviço de ninguém, visto que é algo muito trabalhoso e quando agente faz, agente vê que realmente vai tempo e por isso custa caro. Acredito que compartilhar o conhecimento é algo sempre válido, tanto para a valorização do serviço quanto para a busca por profissionais adequados as nossas expectativas. Os detalhes a seguir são da minha primeira peça pintada por inteiro, portanto, descrevo exatamente como foram as ações da primeira experiência.

Galera, nessa série eu pretendo compartilhar meu conhecimento prático com relação aos reparos de pequenos e médios danos de nossos carangos. Vou abordar os conceitos de um pára-choque de inicio. Basicamente, seria o mesmo processo para lata, porém com algumas variações dos produtos e tipos de lixa e etc.
Como comprei um recentemente para este fim, vou postar do inicio ao fim todo o processo e o dia a dia do reparo, desde a preparação até a pintura e polimento final, passando por todos os erros e acertos do processo, em detalhes. Quando terminado, irei postar algumas dicas úteis para problemas com alongamento de tinta e escorridos, que na maioria dos casos, tornam-se “contornáveis”, desde que utilizada a tinta pu. Pretendo registrar aqui passos detalhados da pintura de diversas áreas, do kadett em especial por enquanto, porém mais pra frente talvez entre outros carros nas imagens. O tópico do andamento da reforma é meu projeto de pintura, em projetos individuais. Aqui irei detalhar como fazer as coisas, a fim de que me corrijam e me deem dicas uteis para qualquer ponto que tenha feito e principalmente encorajar a galera a fazer :positivo: .

Pára-choque inicial: Modelo GS/GSi, original GM. O estado da peça é muito bom, portanto precisa somente do acabamento para uma pintura. Possuí alguns pontos com solda plástica já feita, estes pontos merecem atenção.

Fase 1: Como ele já tinha sido repintado algumas vezes, eu precisei de uma boa dose de lixa em cima. Quando pegamos uma peça em estado geral satisfatório, sem trincados no plástico, somente com riscos e trincas da pintura, partimos para lixa 220 e após isso aplicação do fundo. Esse não foi o caso. O pára-choque possuí uma série de batidinhas de pedra e foi repintado algumas vezes, a camada de tinta é extremamente grossa, então a 220 não deu nem pro cheiro. Procedimento adotado:

- Desbaste dos locais mais afetados com lixa 80
- Desbaste geral com lixa 100
- Pré acabamento com lixa 180

Tanto faz se a base d’água ou a seco, porém sempre utilize um taco que pode ser um chinelo de borracha velho e faça movimentos uniformes em toda a peça.

Com isso consegui um nível satisfatório de desbaste da pintura, porém todos os trincados da tinta ainda estão aparentes. Após isso, é possível avaliar com mais precisão o estado da peça. As vezes encontramos massa e várias camadas de fundo / tinta. Não se preocupe isso faz parte. No meu caso não encontrei nada.
O que restou desse processo foram alguns arranhões profundos e uns buraquinhos bem fundos das pedras, e para isso, podemos utilizar basicamente 2 tipos de massa:

- Massa rápida: Sem catalise. Seca ao ar, fácil aplicação e fácil acabamento.
- Massa plástica: Com catalise, seca com base em reação química. Pouco mais trabalhosa para aplicar e mais dura para lixar.

Porque não utilizar massa rápida?


Porque sua aderência é menor. Conseqüentemente a resistência de todo o resto será comprometida.

Utilizei a massa poliéster, catalisada da seguinte forma:
100 partes de massa para 1 a 3 de catalisador. 

Preparação e uso da massa: Prepare pouca massa de cada vez, pois seu pot-life (vida útil para uso) depois de catalisada (misturada homogeneamente) é baixo, cerca de 3 minutos para aplicação. A primeira vez que preparei uma poliéster fiz muita massa, a mesma começou a secar bem pouco tempo depois de eu começar a aplicação. Ela rende bastante, não precisa preparar muito para pequenos reparos, com o tempo pegamos o jeito. A aplicação deve ser feita com espátulas de plástico. Em alguns casos você deve usar espátulas de ferro / aço, principalmente em quinas e etc. Na maioria dos casos tu irá utilizar a famosa celulose, que é o padrão para aplicação de massas de acabamento em geral. Como aplicar? Coloque um pouco de massa na pontinha da espátula e pressione-a firmemente na área de aplicação. Lembre-se: Comece a aplicação da massa cerca de 3 a 10 cm de distância do começo da imperfeição. Caso precise encher a superfície para tapar um grande buraco, faz-se necessário mais de uma aplicação. Devemos começar de dentro da superfície para fora, fazendo seu “contorno”. Espalhe a massa de maneira cruzada, ou seja, puxando sempre na horizontal e na vertical também.
Antes da aplicação de qualquer produto: A superfície deve estar completamente limpa sem pó de lixamento encrostado, seca e deve ser desengraxada com solução própria.
Após lixar e lavar a peça, utilize uma escovinha para retirar todas as impurezas da área aonde você já notou que precisará de massa.

Material necessário:


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Espátulas de cozinha mesmo, das mais diversas. Veja que tenho uma espátula de borracha. Ela é extremamente útil para aplicações em locais aonde necessitamos fazer contornos, como por exemplo, os cantos de um aerofólio, pois ela não arranca totalmente a massa como a espátula convencional. Espátulas pequenas por sua vez são utilizadas para reparos localizados, aonde você economiza material e tempo de lixamento. Lave os materiais imediatamente após o uso, com uma esponja, água e sabão. Caso a massa seque, terá muito trabalho para removê-la e correrá o risco de perder as “ferramentas”. Não esqueça das luvas e do respirador, pois esses produtos são extremamente nocivos a saúde. Evite que animais de estimação estejam perto no momento de qualquer aplicação e uso destes produtos! Aplique tudo em locais arejados, jamais dentro de casa. Mantenha longe os parentes curiosos “ai posso ver” pois isso faz mal pacas pra saúde. Use óculos quando estiver lixando e um respirador com filtro de pó caso o lixamento seja a seco. Não precisa ser necessariamente o mesmo utilizado para vapores orgânicos.

Atividades executadas em ordem cronológica:

- Lavar a peça.
- Lixar por inteiro conforme descrito
- Lavar novamente.
- Secar
- Olhar as áreas que precisam de reparo.
- Desengraxar a peça
- Preparar e aplicar a massa

Pontos que podem me trazer problemas: Seladora, não reapliquei seladora aonde estava no plástico. Caso o material necessite de um pré tratamento com seladora, a massa irá desplacar facilmente quando lixada. Este modelo de plástico deve aceitar pintura sem problemas, visto que originalmente ele é pintado, portanto, vamos ver se essa informação procede ou não.

Massa aplicada:

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Por hora é isso..tudo que fizer irei postar com detalhes, porém não tão rápido. Qualquer dúvida, vamos postar. Estou postando também o material necessário em cada etapa.
Próxima fase: Lixar a massa e reaplicar (2ª demão) caso necessário.

Hoje lixei a massa. Por erro de aplicação, devido ao tempo de cura curtíssimo da poliéster, ela perdeu aderência na quina do pára-choque, porque demorei para aplicar.
Ela solta com a unha facilmente, por isso deve-se sempre fazer esse teste após começar o desbaste com a lixa, tentando destacar ela com a unha. Se soltar fácil e for possível fazer riscos profundos, pode arrancar e fazer novamente. Foi o que tive que fazer..
Após catalisada, aplicar em até 4 minutos no máximo.
Detalhe: Sempre cheque se tem aderência no material em que você está trabalhando.
No plástico em geral recomenda-se aplicação da seladora antes da massa e na lata wash primer no mínimo, além de desbaste com lixa adequada, caso contrário não dá aderência.
É possível também aplicá-la após o fundo poliuretano.

Lixe em movimentos circulares. Comece o desbaste com lixa 100 caso esteja muito grossa, depois de feito o corte inicial, parta para a 180.
Lixe até que as bordas fiquem niveladas com a camada debaixo.
E se ficarem buraquinhos? Caso sejam pequenos, o primer (fundo) irá corrigi-los sem problemas.
Caso fique com crateras muito grandes ou massa mal distribuída pela superfície de reparo, dê o nivelamento adequado, lave a peça, espere secar e parta para a segunda demão.
Não aplique massa sobre superfície lisa, sem desbaste, pois perde aderência.
Utilize mascara e óculos durante o trabalho.
Se ficar na duvida se o risco ou o defeito sai ou não no fundo, não hesite em aplicar massa. O ideal é sempre tentar fazer um desbaste da área com lixa 220, 180 no máximo, para não forçar e comprometer o nivelamento da superfície (no caso dos parachoques a serem reparados).

Defeito crônico dos pára-choques do gs/gsi:

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Seguindo o lixamento, todos os pontos lixados com a lixa 220. Sempre com taco de borracha, lixando uniformemente e em movimentos circulares. As vezes precisamos forçar em alguns locais, evite, caso necessário após forçar, faça os movimentos circulares a fim de abrir a área lixada. Note como ficou os pontos aonde foi aplicada massa poliéster, após o lixamento, especialmente a área da parte branca. Ficou somente uma bolinha. 

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Aí nos perguntamos: Porque não cheguei ao plástico?
Não há necessidade. Não existem imperfeições extremas ou falta de aderência em nenhuma parte da pintura. Os defeitos que permanecem podem ser corrigidos com poliéster agora ou após a aplicação do fundo. Dica: Aplique o fundo, lixe e caso existam defeitos, aplique massa, lixe e então aplique o fundo novamente em toda a peça, fazendo assim o ciclo de 2 demãos de fundo. Obviamente que o ideal é corrigir todos os defeitos antes, porém algumas coisas podem passar, principalmente no começo.

Até essa fase utilizamos:
Lixas 80, 100, 180, 220.
Tacos de borracha, espátulas das mais diversas, respirador com filtro para vapores orgânicos, mascara simples para lixamento a seco da massa, óculos de proteção.

Partirei para a lavagem completa da peça.

P.S. Fiz o teste do solvente (tinta preta não solta) partiremos então para o fundo pu após a lavagem. Caso a tinta solte facilmente, aconselho que seja completamente removida da peça até atingir o fundo original.

Aplicação do Primer PU – Fundo Poliuretano.

Chegamos a primeira aplicação. O fundo pu é um material denso, com consistência emborrachada, que tem como principais funções o enchimento de pequenas imperfeições na peça e selar a camada anterior de pintura para o novo acabamento, que em meu caso será a tinta poliuretano. O fundo é mais pesado que a tinta, e é menos diluído também, o que o torna mais grosso que a tinta, portanto ele tem função de proteção em chapas metálicas. 

Com a peça completamente limpa e seca..

Aqui chegamos a primeira etapa em que necessitamos do compressor e uma boa pistola de pintura. Como escolher o equipamento?
Defina qual é a extensão do seu serviço. Por exemplo: Quero pintar um pára-choque, quero retocar um paralama, quero pintar o carro todo de uma vez.
À partir daí, tu dimensiona seu compressor.
No mercado existem modelos atraentes com reservatórios à partir de 24 litros, esses servem para pequenos serviços.
No meu caso: Pequenos serviços esporádicos. 
Compressor adotado: 50L 10Pés (270L/Min).
OK, compressor escolhido, e agora? As pistolas:
Quando estamos escolhendo uma pistola de pintura, ao contrário do que se pensa, devemos primeiramente olhar atentamente o consumo de ar necessário para que a pistola funcione adequadamente, ao contrário de olhar somente a pressão de trabalho.
Hoje ouve-se muito a sigla HVLP, que na prática exige uma faixa ligeiramente alta de deslocamento de ar (lembra do consumo em PCM do compressor? Então, é a vazão que irá suprir ou não a pistola). Existem diversos modelos com diferentes preços e diferentes requisitos, no meu caso:
Compressor 270L/min
Pistola adequada de no MÁXIMO 4PCM / 7CFM (ideal, porém a que usei foi a LVLP com consumo médio em torno de 7PCM).
Pressão de trabalho: Até 115PSI
Pistola de no máximo 60 PSI.
Qual é o impacto de se utilizar uma pistola com alta vazão de ar nesse equipamento?
Ele irá viver ligado, além de perder a pressão caso o deslocamento de ar necessário para a pistola seja muito elevado. Quando estiver pintando, a pistola irá perder pressão e conseqüentemente não irá trabalhar corretamente, deixando defeitos.
Existem também as pistolas LVLP, que consomem menos ar que as HVLP (em teoria).
Tudo depende de seu compressor. Não adianta comprar um compressor de 30 litros e esperar dele que “empurre” uma pistola de pintura profissional não adequada ao seu rendimento.
Os compressores hobby de 24~30~50L agüentam algumas HVLP e algumas LVLP, porém preste atenção na vazão mínima e máxima necessária para operação das pistolas de pintura.
Qual a desvantagem do meu compressor?
Tenho que pintar peça a peça, não posso de maneira alguma tentar pintar o carro todo numa tacada, porque vai faltar ar e pressão para o trabalho todo, ou vou queimar o equipamento de tanto tempo ligado direto.
Via de regra: Escolha uma pistola de pintura adequada ao seu compressor.
Filtro de ar: Necesário em qualquer trabalho de acabamento, visto que é ele que irá remover a água condensada e o óleo do compressor do ar utilizado na aplicação do material de acabamento. Portanto, não deixe de comprar um bom modelo, de preferência com regulador de pressão caso o seu compressor não o possua. Esse item é indispensável.
Prefira as pistolas por gravidade hvlp ou lvlp, pois são imensamente mais econômicas e com baixo nível (pra não dizer nada) de overspray, isso que vai fazer tu ser capaz de repintar algo em sua garagem.

Material:
4 forminhas para empadinha (utilizada para limpeza das peças, extremamente util)
1 Pincel de cerdas medias (limpeza da pistola)
Potinho de vidro para misturar o primer
Primer PU
Catalisador
Thinner para PU
Panos velhos para limpeza
Respirador contra vapores orgânicos
Luvas
Óculos de proteção
Protetor auricular (pelo compressor)

Molhe o chão e de preferência isole-o na área aonde a peça esta acomodada, caso necessário óbvio, eu tenho que isolar..senão já viu né..pra tirar td depois do chão é tenso. Isole a peça contra o vento se possível, e esteja com o local completamente limpo, por isso a água no chão ajuda, retirando também as impurezas que podem voar na área a ser pintada.
Regule a pressão de trabalho da pistola e faça todos os ajustes..etc etc.
Desengraxe e limpe a peça com desengraxante e pano pega pó.
Misture o primer conforme a informação da lata. É importante frisar que a primeira demão deve começar somente depois de preencher as áreas de reparos com poliéster, etc, dando uma melhor cobertura dos defeitos e posterior facilidade e uniformidade no acabamento. O preenchimento dessas áreas deve ser com primer de enchimento, ou seja, pouco diluído. A demão no resto da peça pode ser mais diluída, caso não existam imperfeições. A segunda demão pode ser mais diluída em toda a peça, para facilitar o acabamento posterior. Regule o leque da pistola não concentrado, de forma a empoeirar a peça. Vá empoeirando ela com calma, sem exageros, não se assuste pois ele fica com uma aparência bem porosa e seca rápido, por isso aplique-o devagar e na distância correta, pois quanto mais empoeirado ou falhado ficar, pior fica pra lixar e chance de ter que reaplicar é grande...
Demãos como tinta, comece sempre pelos cantinhos e sobreponha em 50% cada faixa de aplicação. 2 demãos é o suficiente. Respeite a distância entre a pistola e a peça, não varie essa distância pois isso fará com que a textura não fique uniforme, dificultando o acabamento com a lixa. Regule a pistola sempre em um papel ou papelão. Minha dica é mante-lo próximo a área de pintura para que você possa regular a pistola no momento da aplicação. Com o tempo vc pega a manha e começa a ficar mais automático isso..
Limpe a capa de ar e bico entre demãos, principalmente do fundo que é grosso e seca rápido, pois ela incrusta na capa de ar.
Misture poucas quantidades do material. Na maioria das vezes vai ser necessário misturar mais, mas é muito melhor parar e misturar do que desperdiçar material, visto que é catalisado e tem vida útil para aplicação de 2 a 4 horas.
Logo após a aplicação do fundo, limpe a pistola de pintura rigorosamente.
Limpe o reservatório;
Coloque thinner, aumente a pressão ao máximo suportado pela pistola, pulverize-o em umas folhas de jornal até que saia completamente limpo. 
Remova agulha, bico e capa de ar;
Limpe a agulha com pano embebido em thiner;
Deixe por alguns minutos a capa de ar e o bico de molho em thiner;
Nunca coloque metal nos buraquinhos da pistola de pintura para limpa-la, se necessário utilize somente palitos de dente.
Limpe-a sem dó de gastar thiner. Utilize as escovas de limpeza, os panos e o pincel. Utilize um cotonete para limpar a área aonde a agulha entra.
Após feita a limpeza, monte bico e capa de ar, coloque uma gota de vaselina liquida na ponta da agulha e recoloque-a cuidadosamente. Cuidado para não derrubar nenhuma dessas partes, pois se amassar, já era..eu derrubei o bico..sorte que não deu nada...

Aparência do fundo quando aplicado:
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Aí dá pr aver mais ou menos a “poeira” que fica quando aplicado o fundo ;).

Agora um pouco sobre a pistola: A pistola que utilizei é uma HVLP com bico 1.7mm.
Essa pistola veio com kit 1.4 e 1.7, qual a vantagem dos 2?
O bico 1.4 é para acabamento e materiais mais líquidos. O 1.7 se adéqua melhor ao fundo por permitir maior vazão do material, facilitando a regulagem e aplicação. Dá para aplicar o fundo tranquilamente com o bico 1.4, porém, como possuo os 2, utilizo sempre o maior para o fundo.
Essa pistola possuí regulagem de leque, fluxo de material além de regulador de pressão e manômetro. A vantagem em utilizar o manômetro é principalmente a facilidade do ajuste de pressão de trabalho, tendo em vista que a pressão da linha varia de acordo com o tamanho das mangueiras que você utiliza. O preço é extremamente atraente, cerca de 100 pilas, marca Auarita. É uma replica de algum modelo famoso, sua referência é o H827W, que não sei ao certo a que tipo ou equipamento se refere. Desde que bem utilizada e bem cuidada, dura bastante e proporciona acabamento profissional.
Regulando pressão: Ajuste a pressão do compressor, faça cair próxima da faixa de operação da pistola no filtro de ar e na pistola faça o teste apertando o gatilho. O teste de pressão efetiva é sempre com o gatilho pressionado.
Regulando leque: O leque deve ter a um palmo de distância um palmo de comprimento na superfície onde está se aplicando o material. Ele deve ser uniforme e com o mínimo de respingos nas bordas.
Regulando o fluído: O fluído normalmente é ajustado três voltas abertas com ele completamente fechado, porém deve ser regulando em conjunto com o passo 1 e 2. Caso o leque esteja feito normalmente e este paresente muitas bolinhas nas bordas, eleve a pressão e veja se resolve o problema. Ainda não sou expert nisso, mas existem vídeos no youtube sobre o assunto.
Além dessa, tenho uma LVLP sobre a mesma carcaça (827). A LVLP utilizo na pintura, sempre com o bico menor (1.4 no meu caso). Ainda não consegui comparar a fundo para ver a diferença do overspray nas 2..porém ambas são excelentes equipamentos, pelo menos para o meu nível de aprendiz..

Para a próxima parte iremos precisar de lixas 320/380(adotarei), 400(adotarei), 600 (talvez). Água ou seca, tanto faz..eu continuarei a utilizar a lixa d’agua... :)

Lixando o fundo

- Balde com água e um pouco de detergente, bem pouco.
- Tacos
- Lixas 320/380/400 (desbaste) 600 (acabamento)

Comece o trabalho molhando a peça por inteiro. Algumas pessoas recomendam deixar a lixa de molho na água por cerca de 5 minutos antes de começar o trabalho, eu sinceramente não o faço, mas fica ao seu critério. 
O processo correto é molhar a peça e ir lixando. Utilize uma esponja para ir molhando a peça enquanto vai lixando, a fim de deixar a superfície sempre limpa. O começo do lixamento é mais áspero, prossiga lixando a peça até que a superfície esteja completamente nivelada e a lixa escorregue da mesma maneira em qualquer área de peça.
Evite lixar os cantinhos com o taco. Para lixá-los, utilize somente a lixa e passe-a levemente sobre o local com o mínimo de esforço possível. Vá lixando com calma e quando a água já parar distribuída de maneira uniforme na superfície, interrompa o lixamento, lava a peça, espere-a secar e confira se ela já está com textura uniforme em todas as áreas. Caso negativo faça o lixamento nos locais ainda afetados. 
Agora todos os defeitos estão salientes. Caso existam muitos defeitos, você deverá corrigi-los ao máximo. Isso vai do teu grau de exigência, a tinta irá disfarçar muitas coisas, porém eles sempre estarão lá. Os defeitos a que me refiro são os que tu sente no tato das mãos, esses irão permanecer sempre caso não sejam corrigidos agora. É normal atingirmos o fundo antigo em alguns locais. Caso isso ocorra, evite lixar a área e deixe-a “de lado” por enquanto.


Caso corrija algo:
- Aplique massa na região afetada após leve desbaste com lixa 220.
- Proceda com o reparo fazendo o corte da massa e posterior acabamento com lixa 220.


Com a superfície plana, parta para o acabamento com a lixa 600, da mesma maneira, porém agora com menos intensidade. Uma a duas passadas gerais pela peça devem ser suficientes. Importante: Caso existam reparos após a lixa 400, não lixe as áreas aonde aplicou massa e lixou com a 220, pois será necessária nova aplicação de fundo.
Caso tenha novos reparos, proceda com a aplicação do fundo nas áreas reparadas e aproveite para retocar os pontos aonde atingiu a camada anterior de tinta / fundo.
Lixe as áreas retocadas.


Ao final, o resultado deve ser semelhante à foto abaixo:
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Lave a peça muito bem, deixe-a secar e veja se tudo está ok e pronto para a pintura. A superfície deve ter a textura mais homogênea possível. Não se preocupe se alguns pontos restarem resquícios das ruguinhas do fundo PU, não insista em lixá-las, pois irá remover todo o fundo, a tinta se encarrega de cobri-las.
Alguns não utilizam a lixa 600 nessa etapa, a 400 realmente está de bom tamanho. Porém nas recomendações de uso do fundo que utilizei existe a recomendação, portanto utilizei. A superfície lisa favorece o escorrimento da tinta na primeira demão e tende a diminuir a aderência. Não tive problemas com uso da lixa 600 com PU. Porém fica a dica. Evite deixar a peça extremamente lisa e brilhante, em conseqüência do lixamento demasiado com lixa 600.

Pintura:

- Tinta PU
- Catalisador para PU
- Thinner para PU
- Panos
- Respirador contra vapores orgânicos
- Óculos de proteção
- Tampão de ouvido (compressor)
- Luvas resistentes a solvente
- Escovas de limpeza de mamadeira
- Espátula de aço para mexer a tinta
- Vasilha para mistura de tinta / Potinho de vidro (meu caso)
- Potinhos para fazer empadinhas (para deixar a capa e bico de ar de molho)
- Cotonete (limpeza pistola)
- Algodão (limpeza pistola)
- Palito de dente (limpeza pistola)
- Peneirinha para filtrar a tinta
- Tempo: Temperatura Ambiente >= 18ºC & umidade relativa <= 70% & Menor quantidade de vento possível.

Após acabamento do fundo, partimos para a pintura da peça. 
É importante que o ambiente tenha o máximo de iluminação possível, em todos os ângulos da peça, isso facilita a pintura e é imprescindível para um acabamento uniforme, visto que você deverá ver a textura por igual na peça inteira, distribuindo uniformemente a tinta em toda a peça e evitando “pontos cegos” aonde a tendência é faltar tinta. Caso necessário, faça um painel de iluminação móvel antes da aplicação da tinta, isso faz muita diferença e será usado posteriormente para correção de defeitos, polimento e espelhamento da peça.
O pára-choque dianteiro do gs/gsi não é dos mais fáceis de pintar, é até bem trabalhoso devido às diversas bordinhas e entradas difíceis de fazer. Esqueça pegar ângulo perfeito com a pistola de pintura..hehehehe
Nesse choque tive que fazer o mascaramento dos frisos, visto que vou aplicar tinta pu preto meio brilhante nos frisos e saia. O que a maioria do pessoal faz é pintá-lo inteiro e após isso mascarar a parte branca e pintar os frisos de preto fosco, sem desbaste e etc, eu optei por aplicar a tinta direto no fundo, fazendo o mascaramento e posterior pintura.
Utilize fita crepe automotiva própria para pintura, visto que as demais tendem a não agüentar a carga de solventes, especialmente na tinta pu.
O mascaramento deve ser retirado após 30min a 1hr após o termino da pintura, com a tinta ainda fresca, puxando-o para o lado contrário ao da pintura.

A quantidade de tinta necessária foi aproximadamente 250ml. Dei 3 demãos e ainda reforcei alguns pontos.

Antes de tudo, limpe tudo o que estiver a volta e siga os passos anteriores a aplicação do fundo, seguindo todos os passos anteriores a aplicação já listados aqui.
Com a peça desengraxada, passe o pano pega pó por toda a extensão da peça, dando atenção aos cantinhos e verificando se ainda não existem pontos com pó oriundo do lixamento a base d’água. Caso existam problemas, PARE antes de preparar a tinta.

Agora sim prepare a tinta seguindo rigorosamente as informações do fabricante. Dê preferência por utilizar thiner da marca mencionada na lata da tinta. Misture-a muito bem. Após misturada ao catalisador, a mesma já está com a vida útil comprometida, portanto, prepare sempre aos poucos. Evite desperdício!
Um suporte para a pistola ajuda nessa hora, eu ainda não tenho, mas irei fazer assim que possível. Segure a peneirinha e coloque a tinta vagarosamente no copo da pistola, utilize um lado da peneirinha e deixe o outro para uso futuro, evitando uso de uma peneira para cada aplicação. Essa parte é importante..muitos acham que não pega sugeira e etc, mas pega sim e isso prejudica a atomização da pistola. 

Ajuste a pressão de trabalho no mínimo da pistola de pintura. Prossiga com a regulagem da pistola de pintura em um painel de papel. Eu utilizo papelão para este fim.
Se movimente na área de pintura, fazendo simulação dos movimentos possíveis, a fim de ver se a mangueira não irá tocar a peça. Tome muito cuidado com a mangueira e com respingos de água do chão molhado devido a movimentos bruscos.
Com leque fechado, faça todos os cantinhos da peça, com a máxima calma possível.

1ª Demão: 


Cantos empoeirados, começa a primeira demão. Abra e ajuste o leque um palmo X um palmo. Não se preocupe em desperdício de tinta ajustando o leque, caso a atomização esteja errada em demasia, isso trará problemas irreversíveis no momento da pintura. A primeira demão deve ser empoeirada. Para isso aplique a tinta com velocidade maior na demão ou com a pistola ligeiramente mais afastada da peça, cerca de 3 a 5cm. Quanto mais lisa estiver a superfície, maior deve ser o empoeirado. Não se preocupe em preencher toda a peça com tinta, pintar de fato, se preocupe em criar uma superfície aderente o suficiente e também em preencher os cantinhos.
Em meu caso, como a peça é grande, quando terminei a primeira demão já podia começar a outra, então toquei o barco. 
Importante: Caso o clima esteja úmido ou com temperatura muito baixa, o tempo entre demãos deve ser o de 10 minutos. Caso o clima esteja quente e sem umidade, o tempo deve ser inferior, nunca sendo menor que o Min.
Entre demãos pode-se utilizar o pano pega pós, porém certifique-se de que a superfície está com o intervalo entre demãos cumprido. Via de regra, o tempo de secagem varia em N formas. O que devemos ter em mente ao utilizar o pano pega pó entre demãos é que, se o filme for muito grosso, ele não seca ao ponto de utilizar o pano pega pó, portanto, tome cuidado ao manuseá-lo e use-o somente se tiver necessidade.
Limpe o bico da pistola, como mencionado para o fundo.

2ª Demão: 


Em caso de repintura: Observe a textura e padrão de acabamento geral da área do retoque ou das peças próximas, você deverá regular e aplicar a tinta de maneira a reproduzir o mais fiel possível a textura original. Lembre-se: Se deixar lisa, não tem como voltar atrás. Se deixar um pouco mais granular, tem como resolver no polimento.
Tanto é estranho ver uma porta lisinha num padrão mais granular de pintura como ver uma superfície completamente rugosa em um padrão de lateral liso, portanto, preste atenção nisso já nesse momento da segunda demão.
Comece novamente pelos cantinhos. Agora sim faça uma aplicação de cobertura em toda a peça, regulando leque e atomização na folha se necessário.
Tome cuidado ao fechar e abrir o leque, pois a atomização tende há variar um pouco, portanto, faça o teste no papelão até pegar o jeito. Nunca vá direto para a peça caso não saiba exatamente o que está fazendo, pois corre o risco de arruinar o trabalho com escorridos ou casca de laranja em demasia. Saiba aonde começou e onde está, pois a tendência, principalmente em peças como essa, é de se perder e passar tinta 2x em uma parte e não aplicar em outra. Isso acontece pela grande quantidade de cantinhos..
Aguarde o tempo entre demãos. Como essa demão foi mais rápida, o tempo existe. Aproveite e repare se falta tinta em algumas partes, principalmente nos cantinhos e bordas. Caso falte, aplique.

3ª Demão: 


Deve ser molhada como a segunda. Aplique a tinta uniformemente em toda a peça, da maneira mais padrão possível, pois é esta demão que irá dar o toque final ao trabalho. Pode deixar o filme bem espesso. É aqui que o acabamento pega por completo, sendo possível deixar a superfície mais lisa ou mais áspera, cabendo a você dosar a velocidade de aplicação X quantidade de tinta sendo aplicada.

Aguarde secagem entre demão (entre 5 e 20 minutos, variando de acordo com temperatura e umidade ambiente).

Observe a peça como um todo. Caso existam falhas na pintura oriundas de falta de tinta, aplique tinta nos locais onde ainda falta. Caso a tinta esteja muito diluída, aplique a 4ª demão. Se você está pintando superfícies planas que estão diretamente em contato com o tempo, como o teto ou capo, aplique a 4ª demão de qualquer maneira para evitar desgaste prematuro da superfície.

Tinta PU não necessita de verniz. Ela tem a mesma composição do verniz. A aplicação do verniz pu seria somente para dar mais durabilidade ao filme, não influenciado em acabamento e nem em brilho.
Portanto, seu trabalho pode ser executado com uma pistola somente e está “concluído”.

Limpeza:
Limpe a pistola de pintura com o máximo de cuidado possível.

Após a limpeza da pistola, caso exista, já é hora de remover o mascaramento. Puxe a fita sempre para o lado contrário da tinta, em um ângulo de 15 a 30º com a superfície, com o máximo de calma e cuidado. O mascaramento deve ser obrigatoriamente removido com a tinta fresca, para não se tornar “parte da peça”.
Caso seque com a tinta, não vai sair a fita por completo, só sairá parte da fita, aí a solução do problema é trabalhosa e envolve raspagem e lixamento..

Sujeirinhas: Caso ocorra, remova somente quando o intervalo entre demão for atingido, com auxilio de pinça se necessário. Após a ultima demão deixe lá. No polimento ela deverá sair sem transtornos.

Aspecto final da peça que pintei:

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Aguardaremos no minimo 72 horas para partir para qualquer outra etapa, seja ela polimento ou no meu caso mascaramento para pintar os frisos. 72 horas em condições ideais de secagem! Caso esteja chovendo e etc, espere mais tempo.

Próximo passo é a pintura dos frisos.

Até aí, já da para reparar e pintar. Mais pra frente vem a etapa de polimento e acabamento final da peça.

Parâmetro de medidas de tinta:


Visando ajudar a quem está iniciando na arte, estou postando +- a quantidade de tinta utilizada para pintura de áreas que já trabalhei.

Pintura dos frisos e saia do parachoque dianteiro - PU:
4 demãos - 200ml (já catalizado e diluído com 20% de Thinner)
Pintura dos frisos e saia do parachoque dianteiro – Laca Nitrocelulose:
6 demãos – 300ml~350ml já diluído em 100% de thinner (meio tinta meio thinner)
Pintura do parachoque dianteiro
3 demãos e alguns pontos com reforço (4 demãos): 350ml já catalisado e diluído com 20% de thinner.
Kit spoiler lateral (saias laterais) - Laca Nitrocelulose
4 demãos cruzadas: 250ml já diluído



Polimento – Fase 1 – Lixamento (Após no mínimo 72hrs da pintura seca, em condições de clima próximas as ideais, ou seja, sem chuva / muito frio / umidade alta). 

Vamos começar pelas áreas mais afetadas, onde se tem mais defeito visível, nos locais de difícil acesso. Como eu possuo um defeito bem visível e que deve ser amenizado, descreverei as etapas desde o mecanismo mais agressivo até a etapa final.
Se a peça foi corretamente avaliada como descrito anteriormente, você já deve saber em que pé deverá começar, portanto, mãos a obra.
A parte afetada é o meio do pára-choque, devido à difícil aplicação da tinta. Portanto, a área que usarei a lixa mais agressiva é a área afetada pela casca de laranja, que é toda a parte que circula a placa do auto.

- Balde com água e algumas gotas de detergente (pouco detergente)
- Tacos
- Borracha escolar (para escorridos, cortada se necessário)
- Borrifador ou esponja para espalhar a água pela superfície
- Panos para limpeza da peça
- Lixa d’água 1200 / 1500 & 2000 / 2500
- Fonte de luz (recomendando painel com lâmpadas fluorescentes)
- Lanterna para áreas de difícil acesso

Lixas (todas d’agua):

1200: A mais abrasiva. Utilizada somente em grandes defeitos, neste caso, na casca de laranja oriunda de um local de difícil aplicação. Utilizada também no desbaste de escorridos grandes. Não dá acabamento com polimento manual.

1500: Semi corte quando já estiver feito o processo anterior e com a superfície praticamente nivelada. 
Não dá acabamento com polimento manual.

2000: Utilizada para remover sujeiras que grudaram na repintura e pequenos detalhes, nivelando ao máximo a superfície para a etapa do polimento com o uso de produtos para polimento. Acabamento com polimento manual com grande esforço.

2500: Remoção de riscos mais visíveis das etapas anteriores. D
á acabamento com polimento manual.

Não trabalhe na peça inteira, trabalhe por partes. Comece corrigindo os defeitos mais aparentes, em pontos específicos. Após isso, trabalhe sempre em áreas pequenas.
Seqüência de passos:

- Prepare o balde e ponha as lixas de molho por aproximadamente 10~15 minutos.
- Lave a peça.
- Marque as áreas em que irá trabalhar.
- Lixe com a utilização do taco em movimentos orientados, ou seja, de cima para baixo e quando for alterar a localização da área lixada faça-o em diagonal. Com o auxilio do borrifador deixe a superfície sempre úmida e limpa. Lixe aos poucos. De pouco a pouco faça a limpeza da área borrifando água e seque-a com um pano, visando perceber se a superfície está plana o suficiente. Faça isso com calma e da maneira mais pausada possível. Esse controle é importantíssimo no processo. Nunca lixe os cantinhos, pois vai sair toda a tinta. Utilize ao máximo as fontes de luz de que dispõe, não faça o processo sem boa iluminação em toda a área de trabalho.
Quando notar a superfície quase nivelada, com ainda alguns “caminhos” brilhantes, pare. 
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- Lave a área com água corrente.
- Seque a peça
Ao final, você deverá estar visualizando a área fosca e já sem a textura de casca de laranja. Caso parta diretamente para a 2000, deverá lixar a superfície por um pouco mais de tempo, visando deixá-la o mais regular possível. Agora, se lixou com a 1200 / 1500, lixe bem de leve com a 2000 só para dar uma quebradinha nos riscos.
Lembre-se que você está trabalhando em cima da tinta, e não em cima do fundo ou massa! Portanto, nada de excesso de lixamento.

Quando todos os pontos de defeitos estiverem corrigidos, parta então para o lixamento das demais áreas com a lixa 1500 e depois com a 2000 ou diretamente para a 2000 caso queira somente remover pequenas sujeiras ou overspray da repintura. Execute os passos da mesma maneira, sempre buscando o nivelamento da peça, sem excesso e sempre parando, limpando e secando a área, pois senão tu arranca tudo a tinta fora, nunca lixe as beiradas.

Escorridos: Para os escorridos, aconselho o lixamento exclusivo no defeito, pontualmente. Para isso, utilize borrachas muito pequenas, visando lixar somente a área do defeito, procedendo da mesma maneira já mencionada.

Por fim lave a peça por completo com água corrente e espere-a secar. Faça a análise da peça como descrito no tópico anteriormente e caso necessário, repita o processo nas áreas mais afetadas, porém agora a textura deve estar o mais plana possível, fosca na maior parte da peça. Lembre-se: Nada de lixa nos cantinhos, bordas, etc.

Polimento Fase 2 – Massa de Polir 2 à base d'água.

- Massa de polir nº2.
- Pincel qualquer (para aplicação da massa)
- Algodão para polimento
- Pano seco
- Água corrente para lavar a peça
- Lustrador Alto Brilho. Sem cera, silicone e qualquer produto que contamine a pintura.  Este produto não deve de maneira alguma impermeabilizar a pintura, como é o caso das ceras, deixe as ceras para após 40 dias da pintura.

Espalhe pouca massa de polir na área em que está trabalhando com o auxilio do pincel. Pegue com a ponta do pincel um pouquinho de massa, e vá espalhando na área de polimento. Com estopa ou algodão, faça o polimento em movimentos circulares por toda a área lixada. Se o algodão estiver encharcado de massa, troque-o e continue o processo. Faça isso uma ou 2 vezes para remover os riscos de lixa e retornar o brilho a peça.

Após isso, lave a peça com água corrente e seque-a em seguida. Utilize sua fonte de luz e faça a inspeção da área. Ela ainda deve estar opaca e com o mínimo de riscos. Não insista muito na massa, limpe a peça adequadamente e deixe-a secar. Agite bem o alto brilho e espalhe algumas gotinhas nas áreas de polimento. No meu caso, uma gota em cada canto e nas partes debaixo do pára-choque são o suficiente, nada mais nem menos. Com um pedaço de algodão faça o polimento em movimentos circulares. Com outro algodão limpo, faça o mesmo. Passe a flanela seca sobre a peça e veja o resultado, caso necessário, repita o processo mais uma vez, lustrando bem com algodão limpo após a reaplicação.

Um mecanismo automatizado ajuda muito no polimento, porém, nessas áreas, dificilmente se poderá utilizar destas ferramentas. Lembram como estava a área?
Olhe agora, após o polimento:

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Essas áreas são tolerantes a erros, ou seja, pratique e comece por estas áreas, visto que não são visíveis. Caso atinja o fundo em algum pontinho, não tem problema. Aí você aprende o quanto deve ou não lixar. Nunca pressione o taco, deixe a lixa fazer o serviço. Borrife água a cada 2 passadas completas pela área, visando deixar-la sempre limpa. Utilize a borracha escolar para fazer o lixamento de áreas menores e de áreas próximas as bordas, nunca lixando as bordas.

Comparativo do antes e depois:

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Esse procedimento, em um auto já pintado, pode ser adotado após os 40 dias de repintura acompanhado de uma cristalização na pintura. Evidente que no carro todo precisa de no mínimo uma politriz.

Polimento: Imagens do aspecto final após o polimento técnico (processo citado aqui que envolve o lixamento da superfície, à fim de remover imperfeições das mais diversas possíveis incluindo sujeira e casca de laranja)

Nesse caso em especial foi removido o overspray por inteiro e não restou aspecto de casca de laranja.
A ajuda do refletor é de EXTREMA importância ao longo do processo, bem como a limpeza e secagem constante da área entre algumas passadas da lixa sempre em sentido reto, nada de circulo e após 15 minutos de molho na água!


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Lixa adotada neste "painel" (parte lateral do para-choque): P2000 somente (corte lento, preciso, somente para remover overspray). Utilize borrifador na superfície constantemente e mantenha a lixa sempre limpa. Sempre no taco, nada de usar os dedos..ehehehe. Caso a área seja de difícil acesso, utilize o macete das borrachas escolares com lixa menor.
Pós lixamento:
3 passadas de massa de polir número 2 até remover os riscos da lixa, com algodão para polimento sempre fazendo um quadrado na superfície, lixando de um lado ao outro, voltando na parte debaixo como em uma demão de tinta, e fazendo o cruzamento (de cima para baixo, fazendo a "demão cruzada"). Repita o processo quantas vezes forem necessárias para remover os riscos da lixa, sempre limpando a superfície com um pano seco e se necessário removendo excesso da massa com aguá.
Pós massa: Composto polidor para lustro, aplicado da mesma maneira, com algodão, para remover quaisquer marquinhas circulares da massa.
Demorado manualmente, mas traz o resultado razoável.

Dicas

1 - Rachaduras / Trincados na Tinta (Pé de galinha e etc):
Quando a peça em que estamos trabalhando apresentar este defeito, lixe-o até que o mesmo suma.
Quando repintarmos a peça, inclusive na aplicação do fundo, após a pintura estas fendas continuarão aparecendo e irão comprometer o acabamento final.
Lixe-o até que o mesmo suma.

2 - Solda plástica:
Quando a peça possuir trincados, proceda com solda plástica.
A minha dica é o uso de mecanismo com arame para fixar as partes afetadas.
Este procedimento é feito com aparelho de solda especifico, e consiste da colocação de uma espécie de pino entre a área da rachadura.
Acredito que este seja o melhor metódo para tal. Quando precisar soldar com soprador de ar quente, utilize um bastão de plástico
do mesmo tipo de plástico do parachoque, para realizar a solda da área afetada. O bastão deve ser soldado ao longo da rachadura.

3 - Refazer partes quebradas das saias por exemplo:
Algumas vezes pode ser necessário refazer alguma parte da saia. Para fazer este processo, você pode utilizar cola super bonder
e um molde feito em acrilico para refazer a área do defeito, não precisando recorrer a mecanismos de solda plástica que darão
o mesmo resultado porém com um trabalho absurdamente maior. Para isso:

- Faça o molde com um papel grosso, pode ser papelão, desenhado o formato da área com o papel por traz do defeito.
- Corte um pedaço de acrilico do tamanho da área afetada
- Desenhe ou cole o papelão no acrilico para fazer o corte da superficie.
- Modele e ajuste o acrilico já cortado testando-o na superficie do defeito.
- Cole com super bonder.
- Aguarde a cura completa.
- Faça o encherto com massa poliester cobrindo a área por traz, pela frente e por baixo (em toda a sua superficie), em 2 demãos no minimo. Siga o processo de aplicação já mencionado anteriormente.
- Prossiga com o acabamento.

Nesses casos uma micro retifica ajuda muito. Morças de bancada, mesmo que pequenas, são muito bem vindas também.

4 - Uso de tinta spray:
Caso for fazer algum retoque com spray (somente áreas como os frisos e partes pretas), prossiga com a pintura como se faz com a pistola.
Ao contrário do que muita gente fala, o spray, desde que de boa qualidade, pode lhe trazer bons resultados, com um pouco mais de paciência evidentemente.
Caso faça uma pintura em tom brilhante, tente prosseguir como uma pintura com pistola, respeitando faixas de demão e mecanismos de aplicação.
Aplique cerca de 5 demãos de tinta no minimo, para ter margem na hora de fazer o polimento, que vai comer bastante tinta (caso queira deixar
com aspecto semelhante ao da aplicação com pistola de pintura).
Utilize o melhor verniz possível após a pintura, pois estas tintas não são resistentes a solvente como uma tinta automotiva com acabamento em verniz
bi-componente (poliuretano). Respeite os mecanismos de aplicação da tinta e verniz, utilize os 2 da mesma marca, de preferência automotivos.
Prossiga com um bom polimento utilizando os mecanismos mencionados na página 2.
Caso o tom seja preto fosco, prossiga com a pintura da maneira mencionada acima. Ressalto que a resistência de algumas tinta spray se assemelham
a de uma tinta laca nitrocelulose sem verniz ou catalisador para dar-lhe resistência, portanto, é uma alternativa eficaz para se pintar áreas
em preto fosco. Caso pinte peças metalicas, não se esqueça de aplicar o anti-ferrugem automotivo seguido de no minimo um fundo universal antes da pintura, substituindo o fundo pu utilizado neste tutorial.
É possível utilizar verniz fosco no preto fosco, deixando o acabamento bem próximo ao original e trazendo resistência a tinta.
Como já dito, capriche nas demãos, pois o preto fosco puro desgasta muito facilmente, precisando sempre de retoques.
Não esqueça das noções de preparação de superficie, aplique anti corrosivo (no caso da lata), fundo universal e faça o lixamento e preparação como já mencionado acima.

5 - Uso de tinta laca nitrocelulose (duco):
Devido ao alto grau de solvente utilizado na pintura, torna-se uma tinta de fácil aplicação e baixo poder de preenchimento.
Não enche defeitos, ou seja, os mostra mais ainda. Utilizada na maiorida das vezes em acabamentos preto fosco.
É uma tinta boa para se "jogar" na superficie antes de fazer a pintura, visando pegar todos os defeitos que não estão visiveis no fundo já preparado.
O procedimento é basicamente o seguinte:
- Após preparação do fundo por completo, joga-se uma demão empoeirada de tinta na peça.
- Lixa-se até a tinta sumir, com lixa 400.
- Os locais em que a tinta ficar, devem ser preenchidos e retrabalhados com massa poliester / fundo ou massa rápida.
Caso esse tipo de tinta seja utilizada com fim de acabamento (pintura), aconselha-se dar o dobro de demãos de um acabamento em pu, visto 
que cerca de 50% da mistura é solvente e vai evaporar. Tinta de rápida secagem, consequentemente o risco de escorrer é praticamente inexistente.
Novamente, utilize verniz bi componente no processo, visando garantir resistência e durabilidade da tinta.
Caso seja em acabamento fosco, utilize verniz pu fosco.

6 - Flexibilizante na tinta e no primer:
Recomenda-se utilizar o flexibilizante na tinta e no fundo quando se pinta os parachoques. Isso aumenta muito a vida útil do trabalho, visto que caso você dê uma trombada na peça, ela não vai rachar facilmente, tendo uma resistência como a de fábrica para a pintura.
Isso previne inclusive aqueles rachadinhos fio de cabelo que aparecem após um tempo da peça pintada, devido ao plástico "dilatar" ou sofrer qualquer tipo de impacto.
A diluição deve ser feita com base na mistura sem catalise, portanto, dilua e depois efetue a adição do volume necessário de catalisador.
É um produto relativamente caro, mas vale a pena, caso a peça esteja em perfeitas condições e seu carro mereça o uso de tal produto, visando maior durabilidade
e aspecto novo da pintura sempre.
Via de regra aplica-se em plásticos flexíveis, para evitar que a tinta qubre, rache ou forme trincas em formato de fios de cabelo.

7 - Regulagem de Leque:
Além de regular a abertura da passagem do ar (abertura do leque), é possível também regular o formato do mesmo diretamente na capa de ar da pistola de pintura.
Existem 3 posições básicas:
- Redondo: Faz uma bola de tinta, indicado para fazer cantinhos e bordas, ou pintar áreas pequenas. Concentra a tinta e deve-se aplica-lo em maior velocidade,
evitando escorrimentos.
Posição da capa de ar: Furos em diagonal.
- Horizontal: O mais comum e utilizado, serve para pintar as superficies de maneira horizontal. A velocidade de aplicação é padrão.
Posição da capa de ar: Furos devem estar alinhados horizontalmente (retos).
- Vertical: Servem, por exemplo, para pintar as bordas do parachoque quando o mesmo está posicionado sobre o cavalete, evitando virar a pistola e ocasionar falhas
na aplicação da tinta.
Posição da capa de ar: Furos alinhados verticalmente.

8 - Tinta preta:
Cuidado ao trabalhar com tintas escuras, principalmente a preta. Quando nivelar a superficie, deixe-a o mais uniforme possível, pois a tinta preta chama
muito os defeitos. Algumas coisas passam totalmente desapercebido na tinta branca, como pequenos poros oriundos da massa poliester, que permaneceram após a aplicação do fundo e não foram devidamente tratados nesta fase. No caso da tinta branca, esses defeitos são "disfarçados" e só os percebemos quando estamos analisando a pintura, diante do painel de luz. No tom preto semi brilho ou alto brilho esses defeitos aparecem de longe quando a peça encontra-se contra a luz. Portanto trate a superficie muito bem antes de aplicar o acabamento, em especial em tons escuros. O cuidado no polimento deve ser crucial também.
Via de regra: Capriche sempre no preparo, anterior a pintura, é isso que faz muita diferença no acabamento final. Faça o polimento com muita cautela em tons escuros. Sempre que possível, utilize a politriz com as boinas e rotações adequadas para o composto aplicado. Caso não utilize a politriz, utilize flanelas e algodão próprios para isso, sempre muito limpos (o ideal são as boinas, mas eventualmente não é possível utilizar boinas sobre a superficie, como é o caso de alguns parachoques).

9 - Engates e Conexões de Ar:
Quando for montar sua rede de ar comprimido, leve em conta que a pressão de ar diminui conforme bitola de mangueira utilizada X comprimento. Via de regra não deve-se ultrapassar o comprimento de 10m de mangueira sem um purgador para remover umidade acumulada na mangueira. Utilize veda rosca em todas as roscas pois vaza ar com facilidade caso exista
o minimo de folga. De preferência pelas conexões com engate rápido sempre que possível, evitando ter que apertar / soltar as roscas sempre.
Caso conexões sejam removiveis, como é o meu caso, assegure-se de prender o filtro de ar de maneira que ele fique sempre reto e sem trepidação.

10 - Cera e qualquer tipo de selante:

NÃO utilize cera após a repintura, somente cerca de 40 dias após a pintura curada.

11 - Polimento:
Entre a aplicação da massa e alto brilho, utilize um composto lustrador. Remova ao máximo os riscos da lixa com massa com pano de micro fibra / algodão, portanto:
Lixe em sentido orientado;
Remova as marcas da lixa com massa de polir em movimentos circulares;
Remova as marcas circulares com composto polidor / lustrador de baixo poder de corte;
Aplique o alto brilho se julgar necessário.
Panos de micro fibra são bons para o polimento, algodão próprio para polimento também 
dá um bom resultado, porém existe a possibilidade de utilizar boinas de polimento
manualmente, utilizando um "hand pad" (caso não possua politriz).

Brincando com Primmer de enchimento - Uso para imperfeições
As vezes nos deparamos com ondulações na chapa, coisas minimas, que podem, com um pouco de paciência e jeito, serem niveladas na aplicação do primmer de enchimento.
O primmer de enchimento é utilizado para substituir a massa rápida no acabamento da massa poliéster ou massa plástica.
Via de regra, devemos começar a aplicação sempre pelas áreas reparadas, para aí então seguir a primeira demão, ou então fazer o isolamento da superfície a ser trabalhada com uma demão de primmer de enchimento e após isso fazer todos os reparos com massa plástica / poliéster (processo correto, pois evita problemas oriundos da superfície antiga como destacamentos).
Quando nos deparamos com uma área levemente ondulada, devemos proceder da seguinte maneira:

1 - Aplicar o fundo de dentro para fora, com a pistola com leque totalmente fechado à fim de preencher somente a área afetada.
Faça o mecanismo em degrade:
Aplique na área central, siga alongando para as bordas, de modo que você possa separar os ciclos de distância da área central em diversas demãos, cada uma alongando uma área maior que a anterior e etc.
Espere o tempo entre demãos e faça o teste da superficie, procurando descobrir o correto nivelamento da mesma, utilizando um refletor e procurando visualizar a superficie de diversos angulos. Esse é um trabalho que pode lhe poupar tempo, desde que bem feito e desde que você sinta segurança e tenha algum conhecimento prévio na aplicação do fundo.

2 - O processo de lixamento deve ser localizado, utilizando taco de borracha obrigatóriamente e utilizando uma lixa de corte maior, entre 220 e 280. Aqui uma lixadeira roto orbital se encaixa como uma luva, pois não vai deformar a superficie desde que bem utilizada. Utilize caneta marca texto para saber qual a área afetada na hora do lixamento, visando não remover o fundo das bordas, caso necessite de um desbaste nas bordas. Caso a superficie esteja completamente alinhada, proceda com o lixamento recomendado pelo
fabricante do produto utilizado.
Exemplo: Quando se cavoca a superfície pelo uso inadequado de uma lixadeira, isso é extremamente útil, em contra partida da aplicação da massa poliéster.
Bom, é um processo minucioso, que exige um pouco mais de tato e conhecimento do uso dos equipamentos, porém como dito, pode poupar um tempo precioso no reparo
quando utilizado da maneira correta e conhecendo bem suas limitações.
A aplicação do fundo se torna muito eficiente quando aplicado em mais de uma etapa, fazendo lixamento e posterior aplicação para preparação para repintura, 
fazendo aplicação / lixamento / aplicação / lixamento, trazendo um acabamento superior.

Está aí pessoal. Para quem me pediu os textos ao invés de vídeos espero ter atendido bem o tema básico. Em breve pretendo melhorar o conteúdo com base neste artigo.

Até o próximo!

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10 comentários:

  1. amigo, já assisti a diversos videos em seu canal do youtube e neste momento li essa materia, por sinal muito bem escrita e detalhada. Por favor, me responda o seguinte: Se passar de mais de 10 minutos posso aplicar a segunda ou terceira demao, ou esse procedimento pode comprometer a qualidade do serviço? Outra dúvida... minha geladeira (PU branco II, diluente para PU) nao ficou com nenhum escorrido, porem percebi que ficou com aparência de fervida, penso que apliquei demaos inteira e antes de secar (5 a 10minutos) reapliquei em alguns lugares por achar que havia ficado com falhas ocorrendo a aparência já citada, assim como, com impressão de tinta molhada em algumas partes

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    1. O ideal é não passar muito para não aplicar sobre a tinta muito seca. Com relação à fervura, dê uma olhada nesse post: http://rodrigogsi.blogspot.com.br/2016/05/techlab-esse-defeito-sai-no-polimento.html

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  2. Rodrigo, boa tarde. Uma das maiores contribuições que o ser humano pode fazer pelo outro, é compartilhar conhecimento. Tenho lido bastante sobre pintura automotiva e seu blog ajudou bastante. Parabéns pela iniciativa de ajudar outros e espero q você consiga realizar todos os seus objetivo. Abraço.

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  3. Rodrigo, boa noite. Estou aqui nos comentários de novo. De tanto ver seus vídeos no youtube, por fim comprei um compressor de 60l e uma pistola Arprex Eco21 para pintar a minha moto em casa. Iniciei hoje os procedimentos de preparação do tanque da moto. Vou pintar apenas o tanque com Laca Nitro Preto Fosco. Li seu texto e estou tomando o maior cuidado possível com as imperfeições na chapa por causa da Laca. Se tudo der certo, posto aqui para compartilhar. Se não der, peço sua orientação e faço tudo de novo..rs! Abraço Rodrigo.

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    1. Certamente vai ter resultado excelente! Já fiz retoque nesse parachoque depois de uma batida, qualidade de pintura e preparação muito boa, não danificou e não destacou tinta de áreas próximas mesmo com a pancada no friso. Só um retoque pontual resolveu meu problema. Se não tivesse sido bem preparado certamente tinha ferrado tudo e ia precisar pintar inteiro.

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    2. Hoje apliquei fiz alguns retoques na massa e apliquei o Primer no tanque. Ficou ótimo (considerando que nunca fiz isso). Vou deixa pra pintar amanhã. Tive uma idéia que não sei se dará certo. Pensei em aplicar a Laca Fosca, "sem lixar" o primer. Pintaria de fosco sobre uma superfície porosa. Você já fez isso? Sabe se fica legal?

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    3. Cara...aderência tem, porém podem ficar marcados defeitos e diferenças de textura do primer.

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